O âmnio nodoso é descrito como a formação de pequenos e múltiplos nódulos na face fetal da placenta. É associado com oligodrâmnio e é um achado comum nas gestações em cujos fetos apresentam agenesia renal e obstrução congênita do trato urinário. Entretanto também pode ser encontrada em gestações normais. Os nódulos costumam aparecer próximo ao cordão, mas também podem ocorrer no âmnio que não recobre a placenta ou mesmo no cordão umbilical. Medem de 1-5 mm , variam de brancacentos a amarelados e podem ser facilmente destacados, ás vezes se unem e formam placas.
É constituído por material eosinofílico que pode estar arranjado em bandas fibrilares, contendo também células, restos de células e fragmentos de cabelo. O material é PAS e Alcian blue positivo.
Muito já se discutiu a respeito da origem do âmnio nodoso. Alguns autores defendem que seja originado de: material necrótico, verniz caseoso, camadas de tonofilamentos resultante da destruição da epiderme do feto, material da cavidade oral ou do trato urinário. De fato é um sinal claro de que provavelmente o feto tem oligodrâmnio devendo-se proceder a investigação no recém-nascido para anomalias do desenvolvimento do trato urinário.
Foto 1 - Placenta exibindo múltiplos pequenos nódulos no âmnio.
Foto 2-6 - Observar corte histológico no âmnio que reveste a face fetal da placenta. PAS sem diastase (foto 3) e PAS com diastase (foto 4). Apresenta material eosinofílico, com células e restos celulares.
Foto 7 - Rins displásicos e policísticos de feto com âmnio nodoso.
Referências Bibliográficas
Fox, H, Sebire, N. Pathology of the membranas. Pathology of the Placenta. 3. edição. China: Elsevier; 2007. p. 513-515.
Autor:
Diego Agra de Souza – R1 da Patologia do HCFMRP-USP (2011)
Fotos e edição:
Diego Agra de Souza – R1 da Patologia do HCFMRP-USP (2011)
Iniciativa muito legal, parabéns
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