Histopatologando - Atlas do HCFMRP-USP
Este Atlas de histologia e patologia foi idealizado pelos residentes do serviço de patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Objetivamos criar um atlas didático e que abranja uma grande diversidade de temas, divulgando, além das imagens, um breve resumo da epidemiologia, clínica e medicina laboratorial. Paulatinamente serão acrescentados assuntos da patologia básica, sistêmica e necrópsia, dando ênfase tanto na macro como na microscopia.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
sexta-feira, 8 de julho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Nevo azul
O nevo azul é uma lesão, geralmente, bem circunscrita, pequena, plana e de coloração que varia do marrom ao azulado. Pode ser congênita ou se desenvolver numa idade mais tardia e são comuns em pescoço, dorso de punho, pé e nádegas. Na histologia, é possível observar melanócitos dendríticos ou fusiformes e delgados na derme reticular ou subcutâneo formando ninhos ou fascículos. Há frequente associação com fibrose dérmica e proximidade aos folículos pilosos. Um número variável de melanófagos pode estar presente.
Figura 1 - Lesão pequena, azulada e bem circunscrita.
Figura 2 - 40x HE - Lesão delimitada em derme superficial.
Figuras 3 e 4 - 400x / 100x HE - São perceptíveis melanófagos (maiores) e melanócitos (fusiformes).
Autores:
Drº Diego Agra de Souza – R1 da Patologia do HCFMRP-USP (2011).
Fotos e edição:
Drº Diego Agra de Souza – R1 da Patologia do HCFMRP-USP (2011).
Drº Ana Rúbia de Oliveira Comodo – R1 da Patologia do HCFMRP-USP (2011).
Referências Bibliográficas
Busam JK. Melanocytic Proliferations. Dermatopathology. USA: Elsevier; 2010. p 456.
Tumor do Infundíbulo folicular
É uma neoplasia de anexos cutâneos benigna, também conhecida como tumor infundibular. A incidência é de cerca de 1/10000. Pacientes com síndrome de Cowden e com Nevos sebáceos tem maior chance de densenvolver tumores infundibulares. Macroscopicamente o tumor do infundíbuloa folicular, quando solitário, pode mimetizar o carcinoma basocelular. Pode também ser múltiplo podendo formar placas, principalmente em tronco, face e região periocular. A exposição solar aumenta o contraste entre a pele normal e a região acometida pelo tumor.
Microscopicamente é observada uma proliferação em placa de pálidos ceratinócitos na derme papilar, exibindo múltiplas conexões com a epiderme sobrejacente ou com o infundíbulo folicular. Os ceratinócitos são maiores, pálidos e PAS positivos.
Figura 1 - HE 100x - Observar proliferação de ceratinócitos em placa paralela à epiderme.
Figura 2 - HE 200x - Observar palidez dos ceratinócitos.
Figura 4 - PAS 100x - Ceratinócitos em contato com o epitélio e com folículo piloso.
Figura 5 - PAS 200x - Citoplasma PAS positivo.
Autores:
Drº Paulo Bittencourt de Miranda – R3 da Patologia do HCFMRP-USP (2011).
Drº Diego Agra de Souza – R1 da Patologia do HCFMRP-USP (2011).
Fotos e edição:
Drº Diego Agra de Souza – R1 da Patologia do HCFMRP-USP (2011).
Referências Bibliográficas
Hurt MA, Kaddu S, Kutzner H, Cribier B, Schulz T, Hartschuh W. Benign tumours with follicular differentiation. Leboit PE, Burg G, Weedon D, Sarasin A, in editors. Pathology and Genetics of Skin tumours. Lyon: IARC Press; 2006. p 158.
sábado, 14 de maio de 2011
Carcinoma Mucinoso Tubular e Fusocelular do Rim
Definição: É uma neoplasia epitelial polimorfa de baixo com diferenciação tubular, fusocelular e mucinosa.
Sinônimos: Neoplasia tubular-mucinosa de baixo grau, carcinoma dos ductos coletores de baixo grau e neoplasia epitelial renal mixóide de baixo grau com diferenciação para néfron distal.
Epidemiologia: Ocorre principalmente em mulheres de 30-70 anos.
Origem: As células tumorais possuem aparente diferenciação de segmentos do néfron distal.
Clínica: Comportamento geralmente benigno, com raras recorrências e metástases.
Macroscopia: Lesão bem delimitada, geralmente confinada ao rim, com o epicentro na zona medular, exibindo aspecto pardoamarelado com áreas mixóides e focos de hemorragia focal, medindo de 3-10 cm.
Microscopia: Neoplasia sólida de crescimento expansivo com pseudocápsula, formada por estruturas tubulares estreitas e cordões de células epiteliais cuboidais com citoplasma eosinofílico e focalmente vacuolado. Outras áreas demonstram células fusiformes brandas, geralmente imersas em um estroma mixóide/mucinoso (Alcian Blue ou Mucicarmim positivo). Não há desmoplasia estromal, atipias celulares, processo inflamatório intratumoral denso, corpos de Psammoma e crescimento infiltrativo.
Estudo imuno-histoquímico: Positivo para "pool" de citoceratinas, CK7, CK19, EMA e CD10 (10%) . Negativo para RCC (07% de positividade) e Vilina. Ki67 menor de 1%.
Biologia Molecular: Perdas cromossômicas múltiplas (-1, -4, -6, -8, -9, -13, -14, -15, -22), porem sem um padrão característico.
Diagnóstico Diferencial:
- Carcinoma de células renais papilífero variante sólida do tipo 1 (pode conter focos fusiformes e túbulos angulados, no entanto não demonstra estroma mucinoso.
- Carcinoma de células renais sarcomatóide (padrão infiltrativo, com células pleomórficas e outras áreas de carcinoma células renais clássico, de células claras ou cromófobo).
Autor:
Drº Paulo Bittencourt de Miranda – R3 da Patologia do HCFMRP-USP - 2011.
Drª Larissa Vertuan Freschi Landfraf - R2 da Patologia do HCFMRP-USP -2011.
Drª Larissa Vertuan Freschi Landfraf - R2 da Patologia do HCFMRP-USP -2011.
Fotos:
Diego Agra de Souza – R1 da Patologia do HCFMRP-USP- 2011.
Paulo Bittencourt de Miranda – R3 da Patologia do HCFMRP-USP -2011.
Referências Bibliográficas:
Eble JN, Young RH. Tumors of the urinary tract. In: Fletcher CDM, editor. Diagnostic Histopathology of Tumors. China: Elsevier; 2007.
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